segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

DELA


O meu termômetro, o meu quilate;
Quilate de diamante,
Refletindo paisagens, amigos, Lugar distante
Suavidade e dureza,
Eis o melhor e o pior de mim,
Me mostro assim,do pó à realeza
Baleiro, Beatles, Raul maluco beleza
Eu não sou difícil de ler,
Talvez um livro inacabado,
Livro que ainda vai ser
Lido, relido, de guardado não há,
Pois que se doa à quem o possa completar
Escreva uma frase, uma palavra, uma letra...
Mas saiba que tudo poderei apagar
Meu estandarte, Sou Porta-Bandeira de mim
Olha minha cara, de vida, de mãos sem fim
Sou pequenina mas também gigante,
Sou certeira mas também errante,
Não mais mulher do que sou amante,
É so mistério, não tem segredo,
São apenas estradas, esquinas, baús, enredo
Enredo de vida, vem cá, não tenha medo
Daqui você pode beber
Da fonte da sabedoria de não saber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular.


Barbara Tannuri

Dezembro,2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Decidi ser feliz


RECOMEÇAR


Não importa onde você parou, em que momento da vida você se cansou... 


o que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar. 

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo.

É renovar as esperanças na vida e, o mais importante: acreditar em você novamente. 

Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.

Chorou muito? Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechou a porta até para os anjos.

Está se sentindo sozinho? Talvez você tenha afastado as pessoas no seu "período de isolamento".

Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da sua melhora.

Pois bem, agora é hora de reiniciar, de pensar na luz.


de encontrar prazer nas coisas simples de novo. 

Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para se aproximar. 

Que tal dar um jeito no visual, fazer um novo curso ou realizar aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa? 

Observe quantos desafios a vida está a lhe oferecer! 

Quanta coisa nova está esperando para ser descoberta! 

Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos,


ficamos horríveis. 



O mau humor vai minando nosso fígado, até a boca ficar amarga. 

Se você está se sentindo assim, com a sensação de derrota, é hora de recomeçar.

E hoje é um bom dia para enfrentar novos desafios. 

Defina aonde você quer chegar e dê o primeiro passo. 

Comece por fazer uma faxina mental, jogando fora todos esses pensamentos e sentimentos pessimistas que se acumularam ao longo do tempo. 

Atire para longe os ressentimentos, as mágoas, os melindres que impedem a felicidade de entrar. 

Desfaça-se desse sentimento de inferioridade, de incapacidade, e valorize-se. 


Você é o que fizer de você. 

Em seguida, faça uma faxina no seu quarto. Jogue fora todo aquele lixo que você acumula há tempos, só como recordação do passado. 

Papéis velhos dos quais você nunca precisou. Disco e fitas que você não irá mais ouvir, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e tudo aquilo que só traz recordações tristes. 

Abra seu guarda-roupa e retire tudo o que não usa mais. Doe para alguém que precisa. Doe os calçados que apertam seus pés ou que não servem porque seu número não é mais o mesmo. 

Para recomeçar é preciso abrir espaços mentais e físicos.

Depois que tomar essas providências, leia um bom livro, assista um bom filme, para alimentar sua mente com idéias positivas e otimistas. 

Aproxime-se dos amigos, dos familiares, das pessoas alegres que ajudarão você a sustentar o bom ânimo e a coragem. 

Evite, enquanto se restabelece, a presença de pessoas pessimistas e desanimadas. 


Só as busque quando estiver forte o bastante puder ajudá-las. 


Comece agradecendo pela vida, pelas oportunidades renovadas, pelos obstáculos e desafios que surgem no caminho. 


Eles nos fazem mais forte quando os superamos. 

Lembre-se: o dia de hoje é uma página em branco, escreva um novo capítulo da sua história. 

Recomeçar é só uma questão de querer. 

Pense nisso e não perca nem mais um minuto!


Por Si


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Eu por eu mesma



Conhece alguém as fronteiras à sua alma, para que possa dizer - eu sou eu?

FP


Há pesquisas científicas que comprovam: falar de si mesmo ativa a área do cérebro responsável pelo orgasmo. Então vamos gozar.

Eu, por eu mesma.


Conhece a ti mesmo. 

Qual tarefa seria mais simples e complicada ao mesmo tempo?

Eu sou entusiasmada com tudo, jovial, cordial, sou muito franca, sou direta, eu adoro pessoas, eu amo a liberdade e adoro cuidar dos outros. Contudo, quase sempre me precipito nas minhas conclusões, porque sempre acho que sei o que os outros estão querendo e pensando, daí quando num sei, invento, imagino e me precipito. Daí, eu fico um pouco deprimida quando estou ansiosa pra saber alguma coisa.

Como qualquer centauro, tenho muitas flechas. Sou sim, daquele tipo cheio de flechas e vivo galopando por aí. Atiro minhas flechas em muitos alvos distantes e vou galopando atrás delas, muitas vezes encontro as flechas que lancei, assim atinjo meus objetivos, mas muitas vezes fico completamente detraída pela paisagem interessante que se apresenta ao longo do meu caminho, é a vida me apresentando milhões de opções.

A melhor definição que já fiz de mim mesma é a de polvo. Tenho tentáculos e vivo querendo equilibrar um milhão de atividades ao mesmo tempo. Seja pelas flechas do centauro, ou pelos tentáculos do polvo, uma coisa é certa, são muitos os alvos que quero atingir. Eu miro as flechas com uma visão intuitiva em direção a algum alvo futuro e distante e gasto a maioria do tempo correndo atrás de uma flecha ou de outra. A grande questão é se eu almejei ou não as coisas verdadeiras. 

Será que vou conseguir encontrar alguma dessas flechas? Não importa. O que me interessa é o entusiasmo da visão e a fascinação da viagem. No final, o objetivo torna-se insignificante. Às vezes nem lembro como tudo começou.
Encaro a vida como uma aventura e uma busca. Busco o conhecimento, busco me informar, busco me instruir, busco o sentido da vida e pra mim, o verdadeiro sentido da vida é tornar a jornada tão interessante, variada e informativa quanto possível.

Reconheço que a chegada não é o principal. Eu posso ser digna e majestosa, quando esse papel é necessário. Mas como sou uma atriz consumada, assim como todas os professores o são, eu posso assumir qualquer papel para chegar ao próximo estágio da jornada.

O que me motiva são as minhas idéias. A possibilidade de algo novo e interessante a cada esquina: o tesouro a ser descoberto, o objetivo impossível de alcançar, o mistério inexplorado, o amor que escapou. As pessoas que ainda não conheço, as que já conheço mas ainda não entendo.

Eu tenho medo de perder alguma coisa boa ou ruim da vida se ficar estacionada no presente. Se ficar sem me mexer, se ficar apenas esperando ou deixando a vida me levar.
Sou extrovertida, muito falante e tenho uma bocarra gigantesca. O que não considero uma qualidade, pelo contrário. Adoro novidades, novidades eletrônicas, novidades de trabalho, da ciência, enfim, qualquer tipo de novidade.

Quando meu lado introvertido aparece, é verdade, sim! Eu tenho um lado introvertido! Ele se apresenta pra mim quando eu abraço um objetivo novo, mas geralmente tem a ver com a minha espiritualidade, com a minha filosofia de vida e com a minha nova visão política, ou um novo projeto criativo.

Como diz uma das minhas melhores amigas: “você me cansa, só de falar de tanta coisa que você faz!” É como se, de alguma forma, eu sentisse essas coisas mesmo antes de qualquer um falar sobre elas. Eu tenho uma capacidade incrível de fazer contatos certos no momento certo com as pessoas certas. Sempre foi assim, no trabalho, na vida pessoal, nas amizades, em tudo. Acredito que isso seja sorte sim. Alguns dos meus amigos pensam assim e falam isso pra mim: “nossa como você tem sorte!” Pra mim, isso não é só sorte, é trabalho e vontade e também um pouco do meu olho preciso para as oportunidades repentinas, meu "faro" intuitivo que é capaz de identificar um potencial ou uma possibilidade a trinta quilômetros de distância. Parece estranho, mas essa intuição, esse faro, nunca me deixou na mão.

Claro que um dos meus grandes inimigos sou eu mesma! Esse inimigo que vem de dentro de mim, se apresenta em forma de tédio. Nos últimos anos ele tem me deixado em paz. Tantas são as atividades em que me envolvo. Mas, o tédio é realmente um dos meus grandes inimigos, eu fico mesmo entediada facilmente. É por isso que preciso tanto dos meus queridos amigos, principalmente aqueles disciplinados e organizados, me falando sobre as vantagens do esforço disciplinado. Pra mim, bastaria fazer alguma coisa duas vezes, da mesma maneira, que o tédio já aparece. Daí minha dificuldade de viver em disciplina, seja uma dieta, uma rotina ou qualquer outra coisa que exija cadencia. 

Tenho muita dificuldade de economizar, de me organizar e no meu cofrinho você vai encontrar um montão de entusiasmo, mas poucos prêmios. Não guardo as coisas, guardo as sensações, as vivencias, as experiências. Para mim, o que vale a pena colocar no cofre é o entusiasmo da corrida e não o prêmio. Eu até ganho prêmios valiosos, mas gasto todos em cinco minutos, guardar pra que?

Tem coisas que me deixam louca. Posso fazer uma lista enorme de coisas que me enlouquecem, a minha capacidade auditiva infinita. Escuto tudo e fico irritada com certos barulhos.

Quando tenho que enfrentar ou me sinto cercada por limites! Isso me deixa louca. Ultimatos e limites me deixam a ponto de um ataque! Quando algum amigo, chefe ou qualquer um perto de mim percebe isso, já descobriu rapidinho meu ponto fraco. É uma forma fácil de me provocar! Uma garantia de provocação à resistência armada e certa! O que vai resultar numa explosão de indelicadezas e impaciências que nem os mais preparados conseguem aguentar.

A minha mente inquieta está sempre buscando horizontes inexplorados. Quando não consigo o que quero e fico frustrada, meu temperamento fica bastante explosivo, e é difícil me controlar. Daí, nem eu mesma me aguento!

Mas, quando o ar fica limpo outra vez, ninguém pode reclamar mais. Volto a ser a mais paciente e amável de todas. No entanto, às vezes, eu não entendo como os outros se sentem magoados com aqueles comentários horrorosamente rudes e honestos que eu faço. Todos oriundos daquela minha imensa bocarra que eu já mencionei anteriormente. Para os comentários que faço e para as reações que tenho, minha sensibilidade é paquidérmica! Ou seja, nula, nenhuma. Mesmo com toda minha generosidade e conhecimento, sou incrivelmente insensível e ingênua e se alguém me elogia da alguma forma, sabe aquela forma certinha, que só algumas pessoas sabem fazer? Eu fico toda convencida. Doce ilusão. Porque, agora com a experiência da idade, algumas vezes já consigo ter consciência disso. Mas, só às vezes.  


Meu coração é verdadeiro, eu sinto muito que preciso de um parceiro que me dê uma amizade genuína e muito espaço para respirar. Coisa praticamente impossível de encontrar nos dias de hoje. Quando eu ganho esse tipo de liberdade, não abuso dela. Claro que isso aprendi com o tempo. Dar valor à liberdade e a confiança que algumas pessoas depositam em mim. Mas, ainda preciso colocar isso em prática. Na verdade eu sou muito exagerada, mas não aguento os exageros dos outros. Detesto melodrama e inseguranças dos outros, me irrita muito e tenho pouca paciência para isso, mas sou a mais melodramática e exagerada de todas! 

Eu tenho a capacidade de aguentar grandes cenas dramáticas em um relacionamento - de contas, muitas delas são geradas por mim mesma – mas, não suporto dramas e choro. O mundo da segurança doméstica imutável tampouco é minha ideia de diversão. Mas ao mesmo tempo, admiro isso nas pessoas e muitas vezes busco isso nos outros pra poder me sentir segura.  
Quando meus amigos me perguntam onde, como e porque eu tenho tanta energia pra me atirar assim nas coisas que faço, eu penso: nossa será que eu sou assim mesmo? Então qual é essa questão tão grande que estimula meu espírito? Fácil de responder, é uma vontade de entender a vida, de compreender onde estamos todos indo e o porquê.

Eu procuro o grande significado por trás das coisas, correndo atrás das pistas de um grande quebra-cabeças que é muito difícil de ser solucionada em apenas uma existência! Acho até que NUNCA será solucionado (olha o exagero aí!) porque as peças estão sempre se multiplicando. Essa é uma tarefa enorme que vai durar toda a eternidade, ainda bem que agora sei que  a vida é eterna! 

Felizmente, eu tenho um forte senso irônico e uma visão um tanto quanto aguda. Tenho uma capacidade que considero muito boa: a de unir o ridículo ao sublime e achar isso ótimo!


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Curando.

A solidão e a dor de 2007.




A minha amiga Babi, em uma tentativa de me distrair e me animar, como forma de retribuição pelo que fiz por ela quando do divórcio que a deixou em frangalhos, me emprestou  a biografia da Danuza Leão. Preciso mesmo de uma história que me inspire e ao mesmo tempo me tire desse mundinho doente em que me escondo agora...

Amei algumas partes do livro e escolho duas para reproduzir aqui:

“...posso ir ao restaurante que quiser, a qualquer hora, sem precisar de companhia para isso. A vida é assim mesmo: umas coisas vão piorando, outras melhorando, o passado já foi, o futuro não existe, vamos viver o melhor do presente e pronto. Mas, de vez em quando eu dou uma fugida paras duas cidades que não mudam nunca, Paris e Veneza, e lá sou despudoradamente feliz.”

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Que delicia dizer isso: eu sou despudoradamente feliz! Faz bem pro corpo, pra alma, pra mente, pra tudo!

“Melhorei em algumas coisas e piorei em outras, mas basicamente sou a mesma. Aceito melhor meus defeitos que considero apenas características, para ficar mais leve. Posso ser tirana e também muito dócil (quando quero), simpática ou insuportável, gosto de uma vida de rotina de saber precisamente o que vai acontecer no meu dia, e ser dona de mim, enfim. Mas, sei que sou capaz, de repente, de jogar tudo pro alto e mudar tudo – meus gostos, minhas preferências, minha personalidade. E quando tenho que tomar uma decisão repentina, sempre penso, e no fundo, por que não? E faço, claro. As vezes fico na dúvida: não sei se não tenho personalidade alguma ou se tenho muitas, tal a minha capacidade de me virar pelo avesso.”

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Nem precisa comentar. Eu sou realmente aquilo que sou agora e nada mais.

“para viver a dois e preciso fazer concessões, não estou em fase de fazer nenhuma e nunca consegui me livrar do meu maior defeito: a falta de paciência”. 

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Trabalhar muito, me conhecer tanto que a minha paciência será de longe uma das minhas maiores virtudes...

Planos pro futuro, sim, poucos, porém certeiros. 

Paciência, eu tenho.

Paciente, eu sou. 


Obrigada, Bárbara e Danuza.

domingo, 27 de julho de 2008

E agora, o que vou fazer?


Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

FP


Mesmo sabendo que a saudade é uma coisa passageira é que eu só preciso me ocupar com outras tarefas que rapidinho paro de sentir esse vazio, muitas vezes gosto de ficar ali, remoendo e sentindo aquela dorzinha que me faz tão bem.

Eu sei, eu sei, nada saudável, mas fico feliz em pensar em você.

O meu escritor favorito é de longe o Fernando Pessoa, ele, como ninguém mais, consegue dizer exatamente às coisas que penso e sinto, com poesia, propriedade e paixão!


Eu digo pra mim mesma: sua tola!!


“A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.”


Eu vivo só, isso me é possível sim, mas a vida quando você está por perto é tão prazerosa que me faz esquecer de outras possibilidades!


Estava tentando achar uma música pra ouvir que tivesse a frase que vinha na minha cabeça quando pensava em você.


Na verdade, eu estava com saudades de você e pensei: O que eu vou fazer agora, se eu não posso falar, se não posso ligar e nem dizer que amo?


Ah...vou achar uma música que fale isso por mim e ficar ouvindo até cansar.


Escrevi no Google...”o que eu vou fazer agora?”


Daí, apareceu essa música do Nando Reis: N.


Achei que dizia exatamente o que eu estava sentindo naquele momento: saudades de você!

E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo...

Por Si

domingo, 13 de julho de 2008

Cantando para você




Músicas, melodias, letras e frases.



Ah, se o mundo inteiro me pudesse ouvir


Tenho muito pra contar...


Contar pra você como me sinto.


Na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer enquanto o outro rir.


Por onde andei...


Não sei, não lembro, não quero pensar.


Sentir falta é a morte da esperança


Eu andei errado...muitas vezes.


Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me falta?


A vida é uma coisa muito frágil.


O que eu te dei, foi muito pouco ou quase nada.


Eu sinto sua falta.


Uma bobagem.


Uma irrelevância.


Não consigo pensar em outra coisa.


Às vezes eu não preciso de nada


Nem de comida, nem de dinheiro, nada, nada.


Às vezes, tudo o que eu preciso é do ar que eu respiro e de você.


Eu só quero ver você.


Se puder, eu quero ficar com você.


Eu não consigo escapar, te amo até o fim.


Por que você não me pega e me leva onde eu ainda não estive?


Te amo até o fim.


Sou feliz agora que tenho você


Não, não vá embora


Vou morrer de saudade.


Amor é sorte, pensamento e teorema.


Você apareceu do nada


E você mexeu demais comigo


Não quero ser só mais um amigo


Você num me viu sozinho


E você nunca me ouviu chorar


Não dá pra imaginar o quando é cedo ou tarde demais


Pra dizer adeus


Pra dizer jamais


Mil frases, mil letras...mil sentimentos...


Nada de originalidade..tudo se transforma..tudo se copia..nada se cria..apenas se recria.






Si

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Afônica


Shush!




Junho de 2008

 
Esse tipo de pensamento sempre me ocorre, eu penso muito, e mais, o tempo todo, porém é durante esse período que eles se acentuam mais. Sim, a TMP!

Os comos e porquês da vida parecem muito difíceis de se entender quando seus hormônios estão tão loucos quanto as idéias que você tem. Estou escrevendo pela primeira vez, a vontade veio depois de três dias completamente afônica, usando um bloquinho para pedir às coisas que quero e responder as pessoas que mesmo sabendo do problema ainda insistem em uma resposta quando me questionam.

Essa vontade louca de dizer tudo que se passa pela minha cabeça, minhas angústias, minhas loucuras e coisas sem propósito nenhum.


Ele veio aqui ficar comigo hoje, impressionante como essa fase de mudinha me fez ver que o silêncio tem o seu lado bom, e não só o enlouquecido.  Depois de cinco anos de relacionamento, as coisas vão ficando mais complicadas, parece que a comunicação já não se faz tão importante.

Normalmente, eu ouviria ele contar tudo o que fez o dia todo, onde foi, com quem falou, o que fez na noite anterior, quanto saiu com os amigos, me contaria tudo, tudo, tudo...só que hoje não foi bem assim, não era eu a mudinha da história? Pois bem, a conclusão vem bem depressa, como poderia eu saber tais coisas sem questionar o que ocorreu? Como não posso falar, fiquei quietinha esperando que ele de alguma forma começasse a contar, porém mudo ficou ele, não por laringite aguda como eu, mais por puro e grande alívio de se ver livre dos questionamentos de uma pessoa que não cala a boca e nunca para de perguntar, onde você foi, com quem, fazer o que?

Liberdade, esse é o sentimento que fica claro, nas pessoas ao meu redor! Ela finalmente parou de questionar tudo e todos, estamos salvos!

A vida é assim mesmo, 30 anos que eu levei para entender, um pouquinho de como falar demais pode ser prejudicial a saúde, namoro, casamento, trabalho, enfim, tudo!  O negocio tem que ser ouvir, quem ouve aprende, cresce, amadurece, ganha experiência, fica sábio, paciente, calmo e louco!  Louco pra contar tudo pra alguém. 


Todos meus colegas de profissão, me dizem que a melhor coisa de ser professor é que você sabe tudo sobre os seus alunos, eles se abrem, te contam os segredos, principalmente nas aulas com debates, eles contam tudo deles, da família, das idéias, o professor sempre sabe pelo menos um pouquinho de cada um, e os alunos?

Não sabem nada de você! Professor escuta, escuta muito e fala, fala do conteúdo e não da vida pessoal, comigo é diferente, por isso é que eu, na maioria das vezes me dou mal! Eu conto tudo, todo mundo sabe onde eu moro, o que eu faço, do que eu gosto. Você fica muito vulnerável quando conta tudo! Fica íntimo demais, e é claro que os alunos se aproveitam disso.  Mas quando se está afônica, se ouve muito! Ouvir é sábio, é uma dádiva. 

Meu nome tem origem hebraica, quer dizer aquela que ouve, a ouvinte! Dá pra acreditar! Que ironia, eu gosto é de falar...agora estou tendo que aprender a escutar. Tudo o que eu queria hoje era poder falar, mas ainda bem que não posso, por que  se eu pudesse eu iria reclamar, discutir, brigar e colocar pra fora tudo que esta me deixando como uma panela de pressão, minha cabeça parece um trem Maria fumaça, meu coração apertado e minhas idéias borbulhando. Amigos aproveitem, há sinal de tempestade, o médico só me deu cinco dias de silêncio total! Santo silêncio! Tem que servir pra alguma coisa!

           
    Si.     
           


domingo, 18 de maio de 2008

Você está me ouvindo?



Agora...aquela voz...

Si, amiga, você está me ouvindo bem? Preste atenção! Estou falando com você, sobre as suas lembranças, sobre as suas memórias, não quero aqui fantasiar, em imaginar coisas que não aconteceram, quero apenas poder lembrar como me senti e como as coisas realmente se passaram, como elas se deram, pelo menos dentro de mim.
Se algum dia, alguém ler essas linhas, além da minha leitora predileta, eu mesma, vai me achar uma doida! Mas é bom. Para sermos sensatos precisamos mesmo de um pouco de loucura. 
Vou tentar ser mais específica e clara. Vou me concentrar na descoberta desse sentimento e em descrever como ele começou, esquecendo um pouco, pelo menos por enquanto, todas as transformações pelas quais passei morando sozinha.
Como começou é difícil de lembrar, ainda bem que resolvi escrever agora, porque se deixar o tempo passar, minha memória pode me trair ainda mais do que o de costume. A memória é como um marido safado que nunca resiste à tentação ao seu redor, se ocupa de agradar a “outra” , deixando você ao léu, sem lembranças, quando mais precisa delas. 
Nossa que metáfora horrível! 
Nos conhecemos. Mas a situação era estranhíssima. Completamente fora do comum. Como eu, com essa pinta de resolvida, em sã consciência podia me sentir assim? Eu não acreditava em mim mesma. 
Ah! O efêmero! Doce ilusão! Mas e os sentimentos? Gostar era tão fácil...tão fácil...
Amar então...uma consequência inevitável! E eu sei, lá no fundo do meu coração que seria assim. Mas, agora esqueci.