terça-feira, 25 de novembro de 2008

Curando.

A solidão e a dor de 2007.




A minha amiga Babi, em uma tentativa de me distrair e me animar, como forma de retribuição pelo que fiz por ela quando do divórcio que a deixou em frangalhos, me emprestou  a biografia da Danuza Leão. Preciso mesmo de uma história que me inspire e ao mesmo tempo me tire desse mundinho doente em que me escondo agora...

Amei algumas partes do livro e escolho duas para reproduzir aqui:

“...posso ir ao restaurante que quiser, a qualquer hora, sem precisar de companhia para isso. A vida é assim mesmo: umas coisas vão piorando, outras melhorando, o passado já foi, o futuro não existe, vamos viver o melhor do presente e pronto. Mas, de vez em quando eu dou uma fugida paras duas cidades que não mudam nunca, Paris e Veneza, e lá sou despudoradamente feliz.”

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Que delicia dizer isso: eu sou despudoradamente feliz! Faz bem pro corpo, pra alma, pra mente, pra tudo!

“Melhorei em algumas coisas e piorei em outras, mas basicamente sou a mesma. Aceito melhor meus defeitos que considero apenas características, para ficar mais leve. Posso ser tirana e também muito dócil (quando quero), simpática ou insuportável, gosto de uma vida de rotina de saber precisamente o que vai acontecer no meu dia, e ser dona de mim, enfim. Mas, sei que sou capaz, de repente, de jogar tudo pro alto e mudar tudo – meus gostos, minhas preferências, minha personalidade. E quando tenho que tomar uma decisão repentina, sempre penso, e no fundo, por que não? E faço, claro. As vezes fico na dúvida: não sei se não tenho personalidade alguma ou se tenho muitas, tal a minha capacidade de me virar pelo avesso.”

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Nem precisa comentar. Eu sou realmente aquilo que sou agora e nada mais.

“para viver a dois e preciso fazer concessões, não estou em fase de fazer nenhuma e nunca consegui me livrar do meu maior defeito: a falta de paciência”. 

Danuza Leão – Quase tudo: memórias

Trabalhar muito, me conhecer tanto que a minha paciência será de longe uma das minhas maiores virtudes...

Planos pro futuro, sim, poucos, porém certeiros. 

Paciência, eu tenho.

Paciente, eu sou. 


Obrigada, Bárbara e Danuza.

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