A solidão e a dor de 2007.
A minha amiga Babi, em uma tentativa de me
distrair e me animar, como forma de retribuição pelo que fiz por ela quando do
divórcio que a deixou em frangalhos, me emprestou a biografia da Danuza Leão. Preciso mesmo de
uma história que me inspire e ao mesmo tempo me tire desse mundinho doente em
que me escondo agora...
Amei algumas partes do livro e
escolho duas para reproduzir aqui:
“...posso ir ao restaurante que quiser, a qualquer hora, sem precisar
de companhia para isso. A vida é assim mesmo: umas coisas vão piorando, outras
melhorando, o passado já foi, o futuro não existe, vamos viver o melhor do
presente e pronto. Mas, de vez em quando eu dou uma fugida paras duas cidades
que não mudam nunca, Paris e Veneza, e lá sou despudoradamente feliz.”
Danuza Leão – Quase tudo:
memórias
Que delicia dizer isso: eu sou
despudoradamente feliz! Faz bem pro corpo, pra alma, pra mente, pra tudo!
“Melhorei em algumas coisas e piorei em outras, mas basicamente sou a
mesma. Aceito melhor meus defeitos que considero apenas características, para
ficar mais leve. Posso ser tirana e também muito dócil (quando quero),
simpática ou insuportável, gosto de uma vida de rotina de saber precisamente o
que vai acontecer no meu dia, e ser dona de mim, enfim. Mas, sei que sou capaz,
de repente, de jogar tudo pro alto e mudar tudo – meus gostos, minhas
preferências, minha personalidade. E quando tenho que tomar uma decisão
repentina, sempre penso, e no fundo, por que não? E faço, claro. As vezes fico
na dúvida: não sei se não tenho personalidade alguma ou se tenho muitas, tal a
minha capacidade de me virar pelo avesso.”
Danuza Leão – Quase tudo:
memórias
Nem precisa comentar. Eu sou
realmente aquilo que sou agora e nada mais.
“para viver a dois e preciso fazer concessões, não estou em fase de
fazer nenhuma e nunca consegui me livrar do meu maior defeito: a falta de
paciência”.
Danuza Leão – Quase tudo:
memórias
Trabalhar muito, me
conhecer tanto que a minha paciência será de longe uma das minhas maiores
virtudes...
Planos pro futuro, sim, poucos, porém certeiros.
Paciência, eu tenho.
Paciente, eu sou.
Obrigada, Bárbara e Danuza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário