quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Só parar.



Muitas vezes penso em parar.


Parar tudo.
Parar tudo.
Parar de pensar.
Parar de julgar.
Parar de ter medo.

Só parar.

Parar de visitar.
Parar de ligar.
Parar e viajar.
Parar de me importar.

Só parar.

Parar de ter bagagem.
Parar e dizer bobagem.
Parar de ter certezas
e abraçar as incertezas.
Parar e ser eu mesma.

Só parar.










Por Simone Halt.

domingo, 2 de novembro de 2014

A liberdade do pum.

O relacionamento e o pum.






A Alice vê a intimidade como um triunfo da relação a dois.
Soltar pum na frente do outro é o ápice dessa intimidade.

É como a queda da Bastilha.
A última barreira entre o real e o encenado.
Sim, porque vida real sem pum não existe.

Peide sim.
Soltar pum liberta.

Segundo a Alice, esse é o sinal da mais completa intimidade.
Basta deixar escapar o primeiro...
e a façanha passa a ser motivo de orgulho.
Orgulho da proximidade que se estabeleceu.

Não precisa virar hábito.
Mas nada é tão gasosamente marcante.
Não há mais barreiras...


Por Simone com a mão amarela.