segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Quem?




Quem te ensina coisas novas?

Ele, claro que é ele.


Parece que você está renascendo. Você começa a aprender novas formas de fazer as coisas, novas formas de se divertir. Você começa a gostar de coisas que não gostava antes. Aprende a comer comidas diferentes, ouvir outro tipo de música, assistir outros tipos de filmes. O mais incrível é perceber o quanto você aprende sobre si mesma.


Você começa a observar e perceber suas reações em determinadas situações e por isso consegue ver s possibilidade de se tornar uma pessoa melhor. Você revela nuances da sua personalidade que nem sabia que existia.


Quem te mostra outra perspectiva da vida?

Sim, ele também faz isso.


Aquelas velhas crenças com as quais crescemos, as nossas ideias, nossas visões de mundo - as que moldam os nossos hábitos e atitudes - ganham uma nova dimensão, outra perspectiva e a possibilidade de se desestabilizarem. As oportunidades que se abrem, os novos horizontes que se apresentam são surpreendentes e estimulantes. A vida ganha um colorido novo. A gente começa a ver as coisas por um angulo diferente, tudo parece mais bonito. Tudo está mais bonito.


Quem te ilumina e te alegra?








Ele, o amor.


Quase sempre, a gente se deixa levar pelas ilusões da nossa mente fértil. A gente acredita em quase tudo o que passa na nossa cabeça. Levamos tudo muito a sério. Só que a vida é muito mais do que uma deadline pra cumprir ou uma reunião de trabalho.


O sorriso constante nos deixa muito mais bonita e saudável. A gente se transforma naquela pessoa que todo mundo quer ter por perto.


A boa notícia é que ele já está dentro de você.


Quando você o descobre, consegue vê-lo nas outras pessoas também.


Por Simone Vieira Resende


terça-feira, 9 de setembro de 2014

A invisibilidade tangível

O problema de ser feliz e sorrir sempre.



Problema?
Sim.


Quando você está feliz apesar dos seus problemas, você passa para os outros, 

uma forte energia de liberdade e confiança.

Porém, essa felicidade verdadeira faz de você um ser invisível.

Pelo menos é assim que você se sente.

O problema do outro é sempre mais importante, mais valorizado, mais latente.

Afinal, todos conseguem ver.

É apenas sobre isso que o outro fala.


Está estampado na testa franzida e na cara preocupada.

E você?

"Você não tem problemas!


Claro que não.


Você está sempre sorrindo!"


Os pensamentos saem do seu controle, eles se misturam assim:

você delira ao ponto de achar que ficar triste é melhor, porque assim você recebe atenção de todos.

Você delira ainda mais, começa a achar que o outro é insensível e incapaz de notar que atrás do seu sorriso, também tem uma pessoa com sentimentos, humana e que sofre como outra qualquer.

Tudo bem ficar triste de vez em quando. Super normal! A tristeza, assim como a alegria, também é só mais um sentimento.

Porém, provocar esse sentimento só para ser notado, não faz muito sentido.

É preciso ter lucidez!






Como isso acontece?

Cada um de nós só vê a sua própria realidade.

Um não enxerga o outro.

Quando estamos imersos na nossa dor, ficamos cegos para a dor e para a presença do outro.

Queremos apenas ser vistos.

Para sair da invisibilidade temos de ter compaixão.

Precisamos entender a cegueira do outro.

Ela não é diferente da nossa.

Pode ser mais ou menos latente. Mas, está presente ali também.

A gente pode escolher ficar perto das pessoas que nos vêem.

Assim, podemos aprender a nos ver e a perceber o outro.

Se essa amizade é importante pra você, escute, veja, fique atento e seja muito sincero.

Abra seu coração, retire com amor e delicadeza a camada de vèu que

cobre os olhos de quem não te enxerga.

A sinceridade quando usada com amor, só vai ajudar.

Esperar que a pessoa note que você está triste, zangado ou decepcionado

pelo simples fato de que ela não te vê, NÃO FUNCIONA.


Não é de propósito, não é pessoal, não se rtrata de uma açaõ deliberada para te agredir.

É apenas falta de percepção.

O outro não consegue te ver.

A compaixão e a sinceridade pode ajudar a resolver.

Você vai ter de si mostrar.

Nossas expectativas iludem nossa percepção do que é real.

Nosso medo da solidão cria fantasmas.

Temos medo de ficar invisível aos olhos daqueles que estão perto de nós.

Nossas expectativas alimentam a realidade que construímos a respeito do outro.

Deixamos de fora tudo o que o outro também é, mas que não percebemos,

não vemos tudo por completo o tempo todo, mesmo estando tão perto.

Na maioria das vezes, estamos muito centrados em nós mesmos.

Não vemos a barba feita, ignoramos o novo corte de cabelo, o desprezo da família,

a bronca do chefe, o choro contido, o medo das perfeitas imperfeições, a saudade,

a vontade de colo, a fronha molhada de lágrimas.

Como se curar da cegueira?

Não tem cura.

Mas, a compaixão pode ajudar a perceber o outro.

Sua percepção pode melhorar quando você parar de prestar menos atenção em você

e começar a prestar mais atenção no outro.

Como não dá mesmo para ver tudo, o desafio é sempre descobrir um pouco todos os dias.

Meditar ajuda bastante.

Você começa a se conhecer melhor.

Quanto mais você se conhece, mais você se ama e esse é o primeiro

passo para começar a ver coisas boas nos outros.

Fingir que está triste, só para não ficar invisível, não pode mesmo.



Por Simone Vieira Resende