Ilusão
Até que ponto o que eu sinto é
real ou apenas uma ilusão?
Como identificar se estas sensações e impressões são
minhas, verdadeiras e têm fundamento na realidade ou se são apenas momentâneas
e influenciadas pelo momento e pela energia que me cerca naquele instante que
eu as sinto?
É Bem complicado para mim, tentar
reconhecer e entender isto. Na verdade, eu mal consigo explicar o que é. Se tudo o que eu sinto for uma ilusão, ou seja, apenas uma impressão errada da realidade, ela
é uma ilusão criada por mim, eu fui descuidada, não vigiei meus
pensamentos e deixei brechas abertas
para sofrer essa influência.
Eu sei que a única forma de
reconhecer a verdade é através da meditação, que abre as portas do meu coração e
da minha mente para que eu reconheça a verdade. Ãs vezes penso qual será a
melhor hora para meditar, e a melhor hora é toda hora. Mas eu não
consigo me concentrar do mesmo jeito todas as vezes que metido.
Nesta semana, eu tive uma prova
concreta do poder da meditação.
Eu estava me sentindo muito
angustiada, com vontade chorar o tempo todo, triste e nervosa, com um aperto no
peito infinito e que não passava nunca.
Daí eu comecei a me sentir praticamente
doente e sem vontade para nada. Comecei a avaliar o porque de me sentir tão
mal. Comecei a pensar que não podia ser normal eu me sentir assim. Eu estou com
problemas de grana, eu estou desempregada, mas isso não seria motivo pra me
sentir tão desesperada. A sensação aumentou de tal forma que ficou
incontrolável, eu achei que fosse passar mal, que fosse brigar com meu
namorado, que não fosse mais aguentar. Daí, eu estava na cozinha fazendo o
almoço, eu resolvi que aquela sensação iria acabar naquele instante. Eu me
concentrei muito e fiz uma oração.
Meditei conversando comigo mesma, como um pensamento vertical, onde eu lembrava de todos
os que me amavam e gostam de mim e me fazem saber que eu não estou sozinha
nunca. Foi uma sensação tão forte e intensa que em poucos minutos eu senti que
aquela angustia tinha deixado o meu coração e meu corpo e minha mente estavam
mais leves e saudáveis.
Eu quero procurar fazer isso mais
vezes durante o dia e vigiar mais meus pensamentos para que não tenha que
passar por essa situação de desespero com tanta frequência.
Mas, o mais importante é a
consciência de que as vezes nem tudo o que eu sinto, eu tenho mesmo que sentir,
na verdade, eu não estou negando o sentimento, eu o reconheço, o avalio e vejo com a origem dele, qual pensamento que eu
tive que fez com que eu me sentisse daquele jeito.
Quero ir fundo nessa sensação e
mania que tenho de bancar a vítima. Parece que eu me acostumei com a sensação
de ser a coitadinha e volta e meia precisasse me sentir assim, como um hábito, como um vício
na sensação de tristeza, uma sensação tão familiar pra mim que até me faz
sentir falta dela, e daí eu, quando estou imensamente feliz, me sinto culpada
pela felicidade e busque uma forma de me sentir simples e comum e triste.
Eu posso me sentir feliz sim.
Eu sou o que eu penso.
Basta policiar meus pensamentos. Vigiar. Vigiar sempre. Essa é a regra.
Si
15 de Novembro de 2010. (23:56)