segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um produto de 1974.


De uma forma ou de outra o futuro será diferente do presente.



Vamos sempre ter de encarar alguma mudança.
Que bom. 
Calmaria e mesmice deixa a vida uma chatice só.

Em tempos de aniversário, o monstro da avaliação aparece pra assombrar os pensamentos mundanos. 
Começo a desejar ser apenas um camundongo, como aquele do poema do escocês Burns. 
E quem disse que não sou? 
Há mesmo pouca diferença entre nós, os ratos e os humanos. 
Como diz o poema, o melhor plano de ratos e homens costuma mesmo é dar errado. 


Os ratos têm muitas vantagens sobre nós, os humanos. 
Os pequenos vivem no PRESENTE, enquanto nós...olhamos para o passado cheios de arrependimentos e pesares e encaramos o futuro com medo e ansiedade. 
Eita camundongo sortudo!
Consegue se deleitar com o prazer do presente...



Nós, humanos, aniversariantes de novembro e filhos do carnaval já somos mesmos considerados meio loucos.
Diferentes dos ratos, somos responsáveis, indecisos, porém quando decidimos é pra valer.
Queremos e vamos mudar de ideia toda hora. 
Odiamos rótulos.
Não podemos ser domados.
Mas, nos rendemos ao amor e ao sexo de qualidade.
Amamos novidades.
Queremos viver tudo o que há pra viver, como os ratos, tem de ser agora!
Ahh, e como a gente briga.
Briga muito.
Depois de cinco minutos passa.
E a gente esquece e perdoa mesmo.
Não nascemos para obedecer.
Não sabemos esperar.
Achamos que temos sempre razão.
Achamos que podemos fazer tudo melhor que os outros.
Achamos que somos muito mais espertos.
Ahh, como somos inocentes!
Somos muito ácidos.
A ponto de ferir.
Nosso lado doce é pra poucos e bons.
Muitos nunca o vão conhecer.
Parecemos grossos,
mas somos apenas sinceros.
Parecemos insensíveis,
mas, é só medo de se mostrar vulnerável.
Amamos ficar sozinhos.
Adoramos uma boa festa.
Amamos viajar.
A solidão é necessária.
Não somos fáceis de agradar.
Não somos para qualquer um.
Apenas para os melhores.
Vamos brilhar.

Parabéns para todos os centauros...
um pouco homem, um pouco animal...
paquidermicamente sensível e amável.

Afinal...
Não importa se você é um homem ou um rato, 
quando se trata de planos e expectativas, 
mesmos os mais elaborados, podem não acabar
como planejados.
Que bom que não.
A vida seria uma chatice!


To a mouse



But, mousie, thou art not alane,

In proving foresight may be in vain,The best laid schemes of mice and men,Go oft astray,And leave us nought but grief and pain,To rend our day.
Still thou art blessed, compared with me!The present only touches thee,But, oh, I backward cast my eyeOn prospects drear,And forward, though I cannot see,I guess and fear.



(Robert Burns)
Novembro de 1785 - In Scot

Assim como eu, essa musica do Bob Dylan também é uma preciosidade feita em 1974.
Feliz 40 anos! 

                                                                    ♡♡♡♡

I’ve seen love go by my door
It’s never been this close before
Never been so easy or so slow
Been shooting in the dark too long
When somethin’s not right it’s wrong
Yer gonna make me lonesome when you go
Dragon clouds so high above
I’ve only known careless love
It’s always hit me from below
This time around it’s more correct
Right on target, so direct
Yer gonna make me lonesome when you go
Purple clover, Queen Anne’s Lace
Crimson hair across your face
You could make me cry if you don’t know
Can’t remember what I was thinkin’ of
You might be spoilin’ me too much, love
Yer gonna make me lonesome when you go
Flowers on the hillside, bloomin’ crazy
Crickets talkin’ back and forth in rhyme
Blue river runnin’ slow and lazy
I could stay with you forever and never realize the time
Situations have ended sad
Relationships have all been bad
Mine’ve been like Verlaine’s and Rimbaud
But there’s no way I can compare
All those scenes to this affair
Yer gonna make me lonesome when you go
Yer gonna make me wonder what I’m doin’
Stayin’ far behind without you
Yer gonna make me wonder what I’m sayin’
Yer gonna make me give myself a good talkin’ to
I’ll look for you in old Honolulu
San Francisco, Ashtabula
Yer gonna have to leave me now, I know
But I’ll see you in the sky above
In the tall grass, in the ones I love
Yer gonna make me lonesome when you go


Por Simone Vieira Resende


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