segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Queimada na fogueira

A caça às bruxas


Uma perseguição política e social que perdurou por quase três séculos. As bruxas daquela época não são diferentes das de hoje.





A explicação é bem simples.  Aquelas consideradas bruxas e enviadas para a fogueira durante a idade média e a idade moderna tinham mesmo poderes.  Não os sobrenaturais, mas os sensoriais. Pura questão de percepção.  Quando você convive com as mesmas pessoas durante muito tempo, a rotina se encarrega de deixar claro diante dos seus olhos de bruxa as mesmas atitudes, os mesmos pensamentos e formas de agir que só a mais poderosa força do universo é capaz de criar: a força do hábito. Sim. O hábito faz com que as pessoas pensem e  consequentemente ajam do mesmo jeito.  Foi exatamente essa  percepção que as bruxas do passado desenvolveram. Elas previam o  futuro, sabiam o que as pessoas iam fazer e sabiam o que elas estavam pensando. Prever o próximo passo de cada um e calcular o resultado das escolhas era coisa simples. Uma questão de percepção. Já pensou em quantas de suas ações e pensamentos se repetem do mesmo jeito todos os dias? Eu já. Observo os meus, observo os daqueles com quem trabalho e convivo. Sou bruxa quando sei quais serão os resultados, os choros, as reclamações, as alegrias, os obstáculos impostos por aqueles que venho observando, simplesmente porque eles se repetem em um mesmo ciclo over and over. Não é diferente comigo, não é diferente com você. Você é um pouco bruxa também. Para não ser queimada, muitas vezes o melhor é calar, mas nunca deixar de observar. 

Simone V. Resende

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